29 September 2011

COMO USAR MELHOR AS PLANTAS MEDICINAIS #2

IDENTIFICAÇÃO
A próxima dica é saber identificar a planta. É extremamente importante a identificação de uma planta. Cuidado, pois existem diferentes espécies conhecidas pela mesmo nome ou nomes muito diferentes para as mesmas plantas, nomes que mudam de região para região.
Não compre plantas em barracas de rua ou em locais que desconhece. As ervas nesses sitios podem vir cheias de poeira de poluição e mofo. Tentam sempre vender-lhes qualquer coisa e chegam mesmo a dizer que é essa planta mesmo que está à procura, enganando-o.

Saber como usar: quando não sabemos usar uma planta ou fitoterápico devemos sempre recorrer a um profissional experiente. Precisa-se estar atento ao modo de uso, seja interno ou externo. E há determinadas plantas que não podem ser ingeridas. Outras não podem ser tomadas por muito tempo, como por exemplo, o mentrasto. Ao oferecermos fitoterápicos ás crianças, devemos redobrar os cuidados. Crianças até 1 ano de idade são muito sensíveis e devemos dar apenas uma medida de colher de chá da infusão até 4 vezes ao dia. Muitas mães desconhecem o facto e chegam a dar um biberão inteiro de chá, o que é incorrecto.



TEMPO
Conhecer o tempo do tratamento também ajuda. O tempo de uso e a quantidade diária são importantes para o sucesso do tratamento natural. Para certas doenças, tais como diabetes e cancro, se as ervas forem usadas por um tempo demasiado prolongado, deve de haver um acompanhamento de um profissional.

Por fim, é fundamental saber a toxicidade das plantas e as contra-indicações que nem sempre são conhecidas, pois algumas plantas produzem substâncias agressivas ao organismo humano, tais como: espirradeira, comigo-ninguém-pode, chapéu-de-napoleão, arrudas, etc. para fazer uso de plantas em pacientes alérgicos e sensíveis devem-se redobrar as atenções.

Algumas plantas não devem ser mininstradas na gravidez, tais como o alecrim, a carqueja, a losna, a arruda, a canela e o bolbo. Outras podem causar efeitos colaterais se ingeridas, tais como: óleo de copaíba, cáscara sagrada, etc.

20 September 2011

COMO USAR MELHOR AS PLANTAS MEDICINAIS # 1


Há um crescimento grande da busca pela cura natural. Assim, aumenta-se a fama de que as plantas são milagrosas e inofensivas ao organismo. Isto é um perigo para as pessoas, pois significa que mais produtos serão produzidos e vendidos, muitas vezes, sem a preocupação na qualidade.

Em primeiro lugar, é preciso estar informado sobre a procedência das plantas. Como se sabe, cada planta necessita de cuidados para produzir os seus princípios curativos. Quando a planta é domesticada, ela precisa de tratos culturais definidos (de acordo com a espécie), e o melhor é contarmos com um técnico para acompanhar esta fase.

Muitas pessoas colhem as plantas na mata sem o devido controle, ocorrendo, inclusive, o risco de extinção - como já ocorreu com o ipê roxo, a espinheira santa, a aroeira, etc. É importante saber o local onde foram cultivadas, a data da validade e se há acompanhamento de um técnico qualificado. Não se deve colher nem cultivar plantas em beiras de estradas e rios poluídos, próximo a fossas e esgotos.

COLHER
A segunda dica é estar preparado para colher. Evite retirar todas as folhas do mesmo galho, deite fora as folhas que poderão estar contaminadas com fungos, insectos, etc. Retire as cascas em pedaços pequenos para evitar circundar todo o caule, pois poderá causar a morte da planta.
Depois é importante saber conservar e secar as ervas. Deve-se secar flores e folhas em locais ventilados, livres de lixos, à sombra pendurados em varais ou em bandejas em camadas finas. Cascas e raízes devem ser lavadas com água corrente e colocadas para secar ao sol. Raízes muito grossas podem ser cortadas em rodelas. Quando secas, devem ser guardadas em pedaços, em vidros (de preferência escuros e tapados), à sombra, com etiqueta da data da colheita e a sua validade, mais o nome da espécie. A validade varia de três a seis meses.

HORA
Saber a hora certa da colheita não é menos importante. Existe as diferenças das épocas de colheita, de uma espécie para outra. Recomenda-se que se colha as folhas em dias secos e evite os horários em que o sol está mais quente. As plantas perfumadas merecem uma colheita especial, logo cedo, em cestas que não amassem as suas folhas, para que não se perca através da evaporação as suas essências aromáticas.
É preciso também conhecer a parte da planta que vai querer utilizar. Para os especialistas, é fundamental conhecer a parte da planta que possui actividade medicinal. Um exemplo: da Camomila utilizam-se as flores, do mulungum utiliza-se a casca, do quebra-pedra a planta inteira, etc.

A dica seguinte é conhecer o modo de preparar. Diferentes modos podem ser utilizados para preparar as plantas medicinais de forma caseira.  Para o preparo do chá, é melhor usar um vasilhame de porcelana, vidro ou barro. É muito importante saber a quantidade de erva que deseja preparar, a fim de se evitar desperdícios. A medida deve ser sempre consultada nas receitas. Para a preparação da infusão, faça o seguinte: para uma chávena de chá de água coloque em punhado de planta verde, picada ou seca.

16 September 2011

CRAVINHO


Conhecido também como Cravo-da-Índia, o Cravinho pertence à família das Mirtáceas e é originário da Indonésia. É uma especiaria cultivada na maior parte das zonas tropicais do mundo. Esta planta tem um sabor agradável e forte, e é bastante utilizada como condimento na culinária. Dentro das suas inúmeras propriedades benéficas, há a destacar a anticéptica. Auxilia também na digestão, controla a diarreia, é afrodisíaco e protege o estômago de diversas doenças.
Do Cravinho é extraído o óleo essencial que contém todos os benefícios para o organismo.

A SUA CONSTITUIÇÃO
Planta com mais de 400 variedades espalhadas pelo mundo, o Cravinho possui folhas verdes e aromáticas e flores que também servem para aromatizar. Estas têm uma cor amarela e brotam no fim do verão ou principio de Outono. Esta árvore perene prefere o calor, não tolera as baixas temperaturas e só se dá em terrenos bem drenados e férteis.
USOS

Na Saúde: o Cravinho reduz o mau hálito, melhora a digestão e a circulação do sangue. É um poderoso bactericida e fungicida. O seu óleo essencial tem diversas propriedades: a analgésica, a anticéptica e a vermifuga. É recomendado para as cáries, aftas e feridas da boca. Os óleos actuam ainda na eliminação de fungos e bactérias, fortalecem o sistema imunológico, no combate dos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce das células.
Na Beleza: usado na perfumaria.

Na Cozinha: pode ser usado tanto em doces como em salgados. Dá um sabor agradável e forte quando usado em molhos.

Contra-Indicações: não deve ser usado por mulheres grávidas, pois provoca contracções uterinas.


CHÁ CONTRA NÁUSEAS
Ferver 1 colher de chá de cravilho, 1 colher de chá de canela em pó com 500 ml de água.
Coe e tome 1 chávena de café de 2 em 2 horas.
Repita até ver resultados.

02 September 2011

ESTRAGÃO


O Estragão é uma planta herbácea perene, de folhas pequenas e estreitas. As suas origens provêm da Sibéria, sendo popular por toda a Europa. Esta planta é um ingrediente típico da cozinha francesa e é usada para realçar o sabor de certos alimentos, desde saladas até carnes e peixes. Os folhas do Estragão são adicicadas e com um leve sabor a picante, lembrando o cheiro da Erva Doce. Podem ser utilizadas na preparação de manteigas aromáticas e em sopas. Tal como as do Manjericão, podem ser utilizadas tanto frescas como secas. A escolha depende do que as receitas exigem.

Esta erva pode ainda ser utilizada no azeite e no vinagre, deixando-os aromáticos, ideais para o preparo de algumas saladas. Ainda pode ser usada para aromatizar mostarda e molhos, queijo, omeletes, cogumelos e tomates. As suas mudas não possuem sabor. Assim, o uso culinário do Estragão só é indicado quando a erva atinge cerca de 40 cm.

VARIEDADES
Existem duas espécies de Estragão na Europa: a alemã, que pode atingir até 2m de altura, e a francesa que atinge até 80 cm de altura. Além disso elas diferem também no seu aroma e pelos seus usos.
O Estragão francês é mais usado na indústria de alimentos e licores. Na medicina tradicional, de entre os diversos usos, recomenda-se a infusão a partir de folhas frescas de Estragão para suavizar as cólicas menstruais. Além disso, o seu uso também é eficaz como repelente de insectos e para lavagem de ferimentos sofridos em animais. A raiz desta erva, quando aplicada no couro cabeludo, ajuda a fortalecer os cabelos e faz os fios crescerem mais rapidamente.
Estão no óleo essencial no Estragão as mais importantes propriedades medicinais da planta: estragol, metil-cavicol, terpenos, ocimeno, felandreno, heterosídeos cumarínicos.

PROPRIEDADES MEDICINAIS
Os preparados do Estragão, utilizados na medicina caseira, auxiliam no bom funcionamento do aparelho digestivo, tendo função vermígula, ajudam a prevenir doenças do coração e podem ser utilizados para induzir a menstruação. Também possuem acção diurética e depurativa do sangue. É indicado para a retenção hídrica e gripes.

COMO CULTIVÁ-LO
As suas folhas estreitas, contrastam com as restantes ervas aromáticas da mesma espécie. É uma planta rasteira e, num jardim com várias da mesma família, destaca-se por ser diferente. O Estragão pode ser cultivado em vasos, sendo que no Outono deve ser colocado no interior, pois a planta deve crescer com o calor do sol. As flores que nascem desta planta devem ser eliminadas para que as suas folhas cresçam sem morrer. Para protegê-la do frio intenso do Inverno, deve ser coberta com palha. Pode ser usada fresca, desde o início do Verão até ao final do Outono e seca durante o resto do ano. Para conservar o sabor das folhas estas devem ser bem secas. Podem também ser congeladas ou conservadas em vinagre e azeite.

USOS:
Na Saúde - ajuda a combater dispepsias, reumatismo e problemas digestivos. É estimulante do apetite, ajuda nas perturbações menstruais e ajuda a combater as insónias.

Na Cozinha - experimente cortar as folhas de Estragão com uma tesoura (para manter todas as suas propriedades) e use-as em saladas, cogumelos, omeletes, carnes, aves, peixe, mostarda e diversos molhos (bearnês, tártaro, gribiche, ravigote) enriquecendo ainda azeite e vinagres.

Contra-Indicações - mulheres grávidas e as que estão a amamentar deve evitar o consumo desta erva.